sábado, 11 de dezembro de 2010

► Com a Palavra... IV

História em Quadrinhos e a Literatura.






Origem

   Muitos dizem que a primeira história em quadrinhos foi “The Yellow Kid” (O Menino Amarelo) em 1896, por Richard Fenton Outcalt. As falas do personagem eram colocadas nas roupas do mesmo, posteriormente Outcalt implantou o uso dos balões.
No início, os quadrinhos eram essencialmente humorísticos, essa é a explicação para o nome que carregam até hoje em inglês, comics.
    A Crise de 1929 foi um ponto importante na história dos quadrinhos, onde cresceram e invadiram o gênero da aventura.
   No final da década de 30, surgiu um personagem mundialmente famoso até hoje, o Superman de Siegel and Shuster. Talvez esse tenha sido o início da Era de Ouro.
   No período de 1940 até 1945 foram criados aproximadamente quatrocentos superheróis,
mas nem todos sobreviveram. Batman, criado em 1939 por Bob Kane, uma figura sombria cuja fama ultrapassaria a do Superman nos anos 80, e o Capitão Marvel, de C.C.Beck, um jovem que ganhava poderes mágicos toda vez que falava a palavra Shazam! (um acrônimo de nomes de deuses antigos). Vários personagens se alistaram e foram para a II Guerra Mundial, e os quadrinhos se tornaram armas ideológicas para elevar o moral dos soldados e do povo.

  O maior ícone do período da guerra é o Capitão América, de Jack Kirby e Joe Simon. Na capa de sua primeira revista ele combatia o próprio Adolf Hitler.
  Nos anos 50 os quadrinhos foram alvo da maior “caça as bruxas” que já aconteceu
por este meio de comunicação de massa. O psiquiatra Frederic Wertham escreveu um
livro, A Sedução do Inocente (The Seduction of the Innocent), onde ele acusava os quadrinhos de corrupção e delinqüência juvenis. O psiquiatra alemão esmiuçou suas idéias sobre o “verdadeiro intento subversivo” por trás dos quadrinhos. Dentre as hipóteses do tratado, havia a de que a Mulher Maravilha representava idéias sadomasoquistas e a da homossexualidade da dupla Batman & Robin.
  A partir disso, surge em tiras de jornais um grupo de crianças: os Peanuts, de Charles M. Schulzb. O Personagem principal, Charlie Brown, um garoto de 6 anos que representa a eterna esperança, por ser um perdedor nato. Seu cão, Snoopy, é um beagle filosófico.


      Há aqueles que acreditam que “um não tem que se meter na vida do outro”, que os quadrinhos não precisam “se rebaixar”  implorando pela atenção do mais forte, que no caso é a  literatura. Existem clássicos literários que são transformados em quadrinhos (HQ’s) e fazem muito sucesso. Um bom exemplo disso é o livro “90 Livros Clássicos para Apressadinhos” do sueco Henrik Lange. O livro inclui adaptações de  clássicos como 1984, Lolita, Cem Anos de Solidão, Moby Dick, O Velho e o Mar e até mesmo da Bíblia.

    Mas é inegável que quadrinhos e literatura podem conviver juntas sem grandes problemas.
    Afinal de contas, o importante é a boa leitura.


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