terça-feira, 26 de outubro de 2010

Resumo - O Dia do Curinga (Jostein Gaarder)

"Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?", pergunta à sua mãe certa vez a jovem protagonista de O mundo de Sofia.
Esse é o ponto de partida deste outro livro de Jostein Gaarder, a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento - ou à filosofia.
O Dia do Curinga é a história de muitas viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica - e que só pode ser feita por um grande aventureiro: o leitor.”



Sou incrivelmente suspeita para falar de Jostein Gaarder, pois é um autor que eu admiro demais.
O Dia do Curinga foi o primeiro livro que li dele, e já me apaixonei logo de cara.
Leitura e história muito simples narrada em primeira pessoa (pela visão do menino Hans Thomas).
Hans Thomas tem 12 anos e está viajando pela Europa atrás de sua mãe, que saiu de casa quando o garoto tinha apenas quatro anos “para se encontrar”.
No caminho, param num posto de gasolina onde um anão os atende e dá a Hans Thomas uma lupa de presente. E também os indica um desvio pelo povoado de Dorf (que mais tarde descobrimos ser o caminho mais longo).
Chegando em Dorf, o garoto vai dar um passeio pelo local e se encanta com os peixes que ficavam na vitrine de uma padaria. Ao ver a lupa, o padeiro o chama para a dentro e oferece um saco com quatro pãezinhos doces, e o aconselha a comer o pão maior apenas quando estiver sozinho.
A noite, quando ele come o pão, encontra dentro do mesmo um pequeno livrinho, e logo percebe que só conseguiria lê-lo se usasse a lupa que o anão do posto tinha lhe dado.
Durante a viagem, Hans vai descobrindo os mistérios que o livrinho esconde, e descobrindo também mais sobre seu pai, que adora filosofar sobre a vida.
O livrinho conta a história de Ludwig (o próprio padeiro), de seu mestre Albert, que lhe ensinara tudo sobre panificação e do mestre de Albert, Hans.
A história contada pelo livrinho se torna fundamental para o garoto, relacionando-se com sua viagem e vida. Ele é dividido em 53 capítulos – um para cada carta do baralho e mais um para o curinga.

A história é bem simples, e as vezes até um pouco previsível. Mas isso não impede que o livro chegue ao nível genial e marcante. Assim como no Mundo de Sofia, esta fábula pode ser vista como uma maneira divertida de levar a filosofia até os jovens, porém é um livro que encanta até mesmo os adultos, que se deleitam com sua leitura. É sem dúvida um conto maravilhoso que seduz a todos que o lêem.

O autor de O Dia do Curinga, conta que, ao terminar o livro, viu seu próprio personagem, o garoto Hans-Thomas, recém chegado de sua incrível aventura, procurar em vão nas livrarias da cidade uma história da filosofia adequada a alguém de sua idade. Desapontado com a procura frustada do garoto, Jostein Gaarder voltou então para sua casa, disposto a preencher essa lacuna. Nascia assim O Mundo de Sofia, um sucesso editorial, já traduzido para 42 línguas.

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